A osteoporose e a osteopenia são condições que afetam a densidade mineral óssea, aumentando o risco de fraturas. Embora a densitometria óssea seja o exame padrão para diagnóstico, exames laboratoriais são fundamentais para identificar causas secundárias, monitorar o tratamento e avaliar o metabolismo ósseo. Abaixo, detalhamos os principais exames utilizados.
Avaliação do Metabolismo do Cálcio
O cálcio é essencial para a saúde óssea, e os exames que avaliam seu metabolismo incluem:
- Cálcio Sérico: Mede os níveis de cálcio no sangue. Alterações podem indicar problemas metabólicos ósseos ou das paratireoides.
- Cálcio Urinário (24 horas): Avalia a excreção de cálcio pelos rins, indicando risco de perda óssea.
Vitamina D
25-Hidroxivitamina D [25(OH)D]: Mede o status de vitamina D no corpo. Deficiências estão associadas à baixa absorção de cálcio e maior risco de osteoporose.
Hormônio Paratireoideano (PTH)
Paratormônio Intacto (PTH): Altos níveis podem indicar hiperparatireoidismo, uma causa comum de perda óssea. Esse hormônio regula os níveis de cálcio no sangue e nos ossos.
Fosfatase Alcalina
Fosfatase Alcalina Total e Fracionada (Óssea): Mede a atividade osteoblástica (formação óssea). Níveis elevados podem indicar remodelação óssea acelerada, comum em doenças metabólicas ósseas.
Marcadores de Reabsorção Óssea
Esses marcadores avaliam o ritmo de perda óssea:
- CTX (Telopeptídeo C-terminal do colágeno tipo I): Indicador sensível de reabsorção óssea, útil para monitorar o tratamento.
- NTX (Telopeptídeo N-terminal do colágeno tipo I): Outro marcador de degradação óssea.
Marcadores de Formação Óssea
Esses exames avaliam a formação de novo tecido ósseo:
- Osteocalcina: Indicador da atividade de formação óssea.
- P1NP (Propeptídeo N-terminal do pró-colágeno tipo I): Marcador sensível para a formação de osso.
Fósforo
Fósforo Sérico: Mede os níveis de fósforo no sangue, um elemento essencial para a formação óssea em conjunto com o cálcio.
Hormônios Associados à Saúde Óssea
Alterações hormonais podem influenciar diretamente a densidade óssea:
- Estrogênios: A deficiência em mulheres pós-menopausa é uma das principais causas de osteoporose.
- Testosterona: Níveis baixos em homens podem levar à perda óssea.
- Cortisol: Altos níveis, como na Síndrome de Cushing, estão associados à osteoporose secundária.
- TSH e T4 Livre: Alterações tireoidianas podem impactar o metabolismo ósseo.
Exames para Causas Secundárias de Osteoporose
Algumas condições podem causar perda óssea secundária, e exames específicos ajudam a identificá-las:
- PCR (Proteína C Reativa): Indicador de inflamação, útil para detectar condições autoimunes.
- Eletroforese de Proteínas: Avalia doenças como mieloma múltiplo, que pode levar à perda óssea.
- Testes para Doença Celíaca: Incluem anticorpos antitransglutaminase e antiendomísio, já que a má absorção de cálcio é comum em pacientes celíacos.
Indicação e Interpretação
Os exames laboratoriais são frequentemente solicitados em associação com a densitometria óssea para:
- Identificar causas secundárias de osteoporose ou osteopenia.
- Avaliar o metabolismo ósseo.
- Monitorar a resposta ao tratamento com medicamentos antirreabsortivos ou estimuladores de formação óssea.
Conclusão
Embora a densitometria óssea seja o principal exame para diagnosticar osteoporose e osteopenia, os exames laboratoriais fornecem informações valiosas sobre fatores subjacentes e o metabolismo ósseo. Consultar um médico é fundamental para determinar quais exames são necessários, interpretar os resultados e elaborar um plano de tratamento eficaz.